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Commodities em alta e fertilizantes em queda. É a hora de comprar?

IPCF de setembro cai 5% e favorece produtor



Foto: Divulgação

O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) encerrou setembro de 2024 com uma marca de 1.05, o que representa uma queda de 5% em comparação com o mês anterior, quando o indicador estava em 1.11. Esse recuo significa uma oportunidade mais interessante para o produtor rural adquirir fertilizantes, já que a relação de troca se torna mais favorável com a redução do índice. No mesmo período, houve uma leve valorização das principais commodities agrícolas, com um aumento médio de 1,1%. A soja liderou esse movimento, subindo 4%, enquanto o algodão teve um acréscimo mais modesto de 0,2%. Em contrapartida, o milho sofreu uma desvalorização de 4,8%, e a cana-de-açúcar caiu 0,4%.

Do lado dos fertilizantes, os preços recuaram em média 1%. O superfosfato simples (SSP) teve a maior queda, com uma redução de 3,54%, seguido pelo cloreto de potássio (KCl), que caiu 2,37%. A ureia foi uma exceção, com aumento de 1%, enquanto o fosfato monoamônico (MAP) manteve-se estável em relação ao mês anterior.

A economia brasileira, por sua vez, viu a taxa de câmbio ser influenciada pela alta nos juros, resultando em uma leve desvalorização do dólar de 0,2%, o que contribuiu para a estabilidade no custo de importação de fertilizantes. Com o início da safra de verão, as condições climáticas também passaram a pesar mais nas decisões dos produtores. O fenômeno La Niña, já em vigor, tem provocado atrasos no plantio de soja em algumas áreas do centro-norte do Brasil. Além disso, a compra de insumos para a safrinha de milho está mais lenta do que o habitual, refletindo a janela de plantio reduzida e a preocupação com eventuais problemas logísticos.

Outro fator que traz incerteza ao mercado é a escalada do conflito no Oriente Médio, que pode impactar o fornecimento global de fertilizantes, afetando diretamente a oferta para a próxima safra de milho no Brasil. Com isso, especialistas recomendam que os agricultores se planejem com antecedência para evitar contratempos na aquisição de insumos e potenciais altas de preços no futuro.

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